OS DESAFIOS DA SAÚDE

OS DESAFIOS DA SAÚDE
Medidas são urgentes e precisam ser implementadas pelos eleitos já nos primeiros dias de governo.

 A partir de 2023, os novos governantes do Brasil terão um grande desafio para garantir acesso à saúde para toda população que precisa do SUS.

O Sistema Único de Saúde precisará de mais recursos para conseguir atender a demanda reprimida pela pandemia e que ainda não foi totalmente sanada.

Além disso, a pauta prioritária do setor demanda a busca pela universalização da atenção básica de saúde, o incremento de recursos para ciência, tecnologia e inovação e a promoção de um esforço nacional para a recuperação da cobertura vacinal de doenças que voltaram a ser vistas como ameaças aos brasileiros.

Segundo estimativa do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) é necessário um aporte adicional de R$ 8 bilhões para cirurgias eletivas, consultas, exames e tratamentos que não foram realizados entre 2020 e 2021, auge da pandemia. O recurso também é necessário para resolver habilitações pendentes de leitos de UTI, de equipes de saúde da família e até de ambulâncias do Samu pelo Brasil. O pagamento do piso da enfermagem e o reajuste dos repasses aos hospitais filantrópicos também entram nessa lista.

Para o Presidente do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), Nesio Fernandes, essas ações precisam ser implementadas já nos cem primeiros dias de governo. “Durante a pandemia, o SUS passou a ser percebido como um sistema extremamente relevante. A direita e a esquerda passaram a defender o sistema. E é preciso uma agenda urgente de modernização do SUS”.

Em carta dirigida aos candidatos à Presidência da República, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) pediu a universalização da cobertura da atenção básica em saúde, principalmente por meio da expansão do programa saúde da família. O que geraria rapidamente cerca de 2 milhões de vagas de trabalho para profissionais de saúde. E teria um efeito direto nos indicadores do país.

Atualmente, o gasto público com saúde no Brasil é em 3,8% do PIB. A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) aponta que o nível de gasto adequado deve ser de 6%.

03/Oct/22 - Acao Comunicativa
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